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Álbuns de Família. Fotografias da diáspora africana na Grande Lisboa (1975-hoje)

28 Abril 2024 - 30 Novembro 2024

Detalhes

Exposição

De 28 de abril a 30 novembro de 2024

 

Horário

 

Outubro – Fevereiro –   todos os dias das 10h00 às 18h00 (última entrada 17h30)

 

Março – Setembro – todos os dias das 10h00 às 19h00 (última entrada 18h30)

 

Bilhetes

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Sobre o evento

Álbuns de Família. Fotografias da diáspora africana na Grande Lisboa (1975-hoje)

Exposição temporária, com curadoria científica de Filipa Lowndes Vicente e Inocência Mata, reúne fotografias da autorrepresentação da diáspora africana em Portugal. São “álbuns de família” com as imagens que os portugueses afrodescendentes e os africanos registaram de si próprios e das suas comunidades desde 1975, data das independências dos países africanos de colonização portuguesa.

 

 

Filipa Lowndes Vicente, Historiadora, Investigadora no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, doutorou-se na Universidade de Londres, em 2000. Em 2015 foi professora visitante no King’s College, University de London e, em 2016, na Brown University, Providence, USA. É autora de vários artigos e dos livros: Viagens e Exposições: D. Pedro V na Europa do Século XIX (2003); Outros Orientalismos: A Índia entre Florença e Bombaim, 1860 1900, publicado em Portugal (2009) na Índia e em Itália (2012); Arte Sem História: Mulheres e Cultura Artística, Séculos XVI-XX (2012); Entre dois Impérios. Viajantes britânicos em Goa (1800-1940) (2015). Como editora publicou: O Império da Visão: fotografia no contexto colonial português (1860-1960), em 2014; em 2016, Aurélia de Sousa, Mulher Artista (1866-1922) catálogo da exposição que também comissariou; e, em 2023, juntamente com Afonso Dias Ramos, Photography in Portuguese Colonial Africa, 1860–1975.

 

Inocência Mata, Ensaísta, investigadora e professora da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa na área de Literaturas, Artes e Culturas, tem sido professora-convidada em diversas instituições por todo o mundo, inclusive a Universidade de Macau, onde até 2017 foi subdiretora do Departamento de Português. Doutorada em Letras pela Universidade de Lisboa e pós-doutorada em Estudos Pós-coloniais (Postcolonial Studies, Identity, Ethnicity, and Globalization) pela Universidade da Califórnia, em Berkeley. Mata integra a Associação Internacional de Literatura Comparada, da Association por L’Étude des Literatures Africaines (França), a Associação Internacional de Estudos Africanos (AFROLIC, Brasil), a Associação Internacional de Ciências Sociais e Humanas em Língua Portuguesa (AILP-CSH), a Academia das Ciências de Lisboa – Classe de Letras, a Academia Angolana de Letras e a Academia Galega de Língua Portuguesa e é membro fundador da UNEAS – União Nacional de Escritores e Artistas de São Tomé e Príncipe. É também investigadora do Centro de Estudos Comparatistas da Universidade de Lisboa.

 

 

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DICIONÁRIO DA EXPOSIÇÃO

 

 

ÁLBUNS DE FAMÍLIA: O conjunto das fotografias tiradas pelos próprios ou herdadas da família mais ou menos próxima. São imagens analógicas, impressas em papel e guardadas em casa, coladas em álbuns, emolduradas ou dentro de caixas e gavetas ou, depois da invenção do digital, são imagens visíveis em ecrãs, guardadas em telemóveis e computadores.

 

FOTOGRAFIAS: Retratos de mulheres, homens e crianças afrodescendentes ou africanas, feitos por si próprios ou por quem lhes está próximo, e que se cruzam com histórias e memórias pessoais.

 

DIÁSPORA AFRICANA: A comunidade de pessoas, africana ou de origem africana, que vive fora do continente africano, o seu lugar de nascimento ou o dos seus antepassados. A União Africana considera a Diáspora como a sua sexta região. A sua predominância em países atlânticos ou que foram potências coloniais – Portugal, Inglaterra, França, Bélgica, Alemanha, Itália, EUA, Caribe, Brasil – é indissociável de um passado histórico de séculos de escravatura e colonialismo. No caso português, a origem predominante da diáspora africana são países que foram colónias portuguesas, ou seja, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe.

 

GRANDE LISBOA: Foi em Lisboa e nas zonas limítrofes da capital que se instalou a grande maioria dos africanos vindos para Portugal nas últimas décadas e, portanto, onde reside hoje a maioria da diáspora africana. Continua, por isso, a ser uma das cidades mais africanas da Europa e com muitas portuguesas e portugueses negros, sobretudo desde há 50 anos.

 

1975: Só em 1975 é que se deu a maioria das independências das colónias portuguesas de África (a Guiné-Bissau em 1973), muito depois de outros países europeus terem começado os seus processos de descolonização. Na sequência da Revolução de 25 de abril de 1974 que marcou o início da democracia em Portugal, milhares de pessoas que viviam em África vieram para a ex-metrópole – e neste grupo muito heterogéneo, tanto estavam africanos, como portugueses nascidos em Portugal que tinham ido para lá viver, ou portugueses que já lá tinham nascido. Desde 1975 até hoje, o fluxo de pessoas que vieram de África para Portugal tem sido mais ou menos contínuo. Uma grande parte dos afrodescendentes em Portugal já nasceu cá e é portuguesa.

 

HOJE: Estamos no último ano da Década Internacional dos Afrodescendentes (2015-2024), instituída pelas Nações Unidas para promover três ideias: reconhecimento, justiça e desenvolvimento. Este é também o ano em que se cumprem 50 anos de democracia em Portugal (1974-2024). Queremos lembrar as vidas e histórias dos portugueses que são descendentes de muitas gerações de mulheres e homens africanos que viveram sob o colonialismo português. Ao concentrarmo-nos nos últimos 50 anos, também queremos refletir sobre uma outra revolução – aquela que se deu na tecnologia fotográfica, da analógica à digital, e que faz com que hoje todos tiremos fotografias com os nossos telemóveis.

 

 

Participam nesta exposição:

 

 

Núcleo 1

Aurora Almada e Santos

 

Núcleo 2

Djaimilia Pereira de Almeida
Gisela Casimiro
Joaquim Arena
Kátia Casimiro
Karyna Gomes
Telma Tvon
Yara Monteiro
Selma Uamusse

 

Núcleo 3

Coli Embaló
Jorginho Miraflor
Benvindo Fonseca
Emília Almada
Clarice Monteiro
Joana Cabral
Yonara Mateus
Sadia Ahmed
Nuno Furtado
Paula Almeida
Chalo Correia
José Baessa de Pina “Sinho”
Ana Gomes

 

Núcleo 4

Adão Marcelino
António Pedro Alves, Estúdio DAMARTE
Roque G.
Patrícia Zacarias

 

Núcleo 5

Alice Marcelino
Ana Silva
Diogo Carvalho
Henrique J. Paris
José Chambel
Kwame Sousa
Marta Pinto Machado
Mónica de Miranda
René Tavares

 

Núcleo 6

Catarina Francisco da Silva